Olhos verdes impressionantemente bonitos de se ver, uma exuberância que não nos é discutível (que o diga Fortunato, personagem de Flávio Migliaccio, em “Passione”), cabelos cuja cor não ficaria adequada em qualquer mulher, mas que em Alexandra ficou. Em várias cenas da obra de Silvio de Abreu a atriz traja roupas bastante justas, a fim de que se realcem as formas dela, para que os intentos da secretária (agora “ex”) que interpreta no folhetim, Jackie, sejam logrados. Richter está bem ladeada na novela, em especial quando contracena com Irene Ravache (em um de seus melhores papéis na carreira, e que acabara lhe rendendo o importante prêmio da APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte) e o mencionado Flávio (impagável como sempre). Os momentos com Francisco Cuoco (um dos ícones de nossa TV, e que como Olavo garante-nos instantes divertidos) e Simone Gutierrez (uma senhora artista que dignifica a loquaz Lurdinha; aliás, no começo da trama, o autor criou para Simone o mesmo que fizera com Eliane Costa, a Luzineide de “Torre de Babel”, parceira de Claudia Jimenez, e que vivia a ouvir: “Cala a boca, Luzineide!”) demandam também elogios. E para finalizar, Alexandra Richter é merecedora sim de todos os louros.