Foto: Mauricio Nahas para a Revista Joyce Pascowitch número 50
Bem jovem, Alessandra teve que enfrentar “olho no olho” a “namoradinha do Brasil” em “Retratos de Mulher”. O posto de Regina nunca lhe será usurpado, mas Negrini ganhou talvez o dela: “a engraçadinha do Brasil”. Engraçadinha no sentido de graciosa ser. A moça de franjas e sorriso que pode nos dizer bastantes coisas resolveu apostar de vez na carreira de atriz. Pegou uma moeda. Escolheu “cara”. Deu “cara”. Porém, ser artista, ao contrário do que muitos pensam, não é só “glamour”. Alessandra teve que ser brava gente para romper uma grande muralha. Todos imaginam tratar-se de pequeno muro. Que nada. É muralha mesmo. Há os que podem vir a dizer que é uma celebridade. Acho não. Acho que é profissional. Profissional da arte. Celebridade qualquer um pode ser. A intérprete é mulher normal. Mulher com desejos de mulher. Mulher paulista que fará carioca. Problema? Nenhum. Fez duas mulheres que viviam em terras cariocas em novela tropical de Gilberto. Ela é mãe. Que tal fazer “Tal Filha, Tal Mãe”? Quem sabe um dia faça.