A TV aberta, especificamente a Rede Globo, ao apresentar “casos especiais”, “terças nobres”, minisséries, novelas também, e afins adaptados de romances consagrados da literatura nacional preenchia indiscutível lacuna no que diz respeito infelizmente ao pouco conhecimento que parte da população possui acerca de seus excelsos escritores. Afinal, Bernardo Guimarães chegaria a milhões de telespectadores se Gilberto Braga não o tivesse “transformado” em teledramaturgia como o fez em “Escrava Isaura”? E Jorge Amado, um homem das letras brasileiríssimo, que fora vertido com primor para as telas em obras como “Gabriela”, “Tieta”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tereza Batista”? Rubem Fonseca em “Agosto”? Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn ao criarem “Fera Ferida” inspiraram-se em personagens e tramas de Lima Barreto. Todas essas produções tiveram êxito. O que há então? Deseja-se algo mais palatável? Talvez. Porém, ainda se veem bons e bem escritos programas teledramatúrgicos. Ganhamos nós.