Betty Faria como Tieta, caracterizada para a segunda fase da novela
Foto/Divulgação
Mangue Seco. Uma das locações mais paradisíacas das telenovelas brasileiras. As dunas serviram de lugar para cena antológica de “Tieta”. Logo no primeiro capítulo, a personagem homônima da obra de Jorge Amado (Cláudia Ohana) caminha pelas areias com vestido simplório, cabelos compridos que não resistiam ao vento constante, e empunhando uma vara que usava para pastorear as cabras. Estas, ouriçadas, emitiam seu indefectível balido. Rapazes não menos ouriçados espreitavam a bonita moça. Dentre eles, os atores Edson Fieschi e Leonardo Brício. Tieta percebe a vigília, e isto a motiva a provocá-los. Simula um balido. Começa a correr sobre o vasto branco arenoso, e por vezes, íngreme, que tinha a completar-lhe beleza estonteante um espelho d’água onírico. Os jovens não se dão por vencidos, e a perseguem. Com isso, dá para imaginar o quão belo e poético até fora este momento do folhetim de Aguinaldo Silva. São passagens teledramatúrgicas como esta que ficam em nossas memórias sem prazo para saírem. Talvez nunca saiam.