
Já madrugada de segunda-feira. Programa certo. Deitei-me. E coloquei na emissora paulista. Silvio Santos ainda estava no ar com jeito personalíssimo. Ele pergunta a uma de suas “colegas de trabalho” sobre qual atração viria depois. A “colega de trabalho” não sabia. Mas eu, sim. Era a entrevista de Ivete Sangalo no “De Frente Com Gabi”. Havia me informado antes. Começa. Ivete está vestida de branco, elegante, maquiagens e cabelo discretos. Para que mais? A demanda da ocasião era esta. O assunto principiante do “talk show” fora o grandioso espetáculo da intérprete baiana no Madison Square Garden, em Nova York, palco de notáveis artistas internacionais. Isto demostrou ousadia sem par de Ivete. Porém, fato é que bem-sucedido fora o citado espetáculo. Provou-nos que estofo possui para encarar o que causaria insegurança a alguns. Foi sincera ao asseverar que pretende sim levar adiante carreira no exterior. Porém, sem abandonar os pequenos torrões pelo Brasil afora. A competente entrevistadora afirma-lhe de que gosta de “fazer dinheiro” (referindo-se às inúmeras formas de faturamento dela). No que Gabriela ouve de maneira próxima: “Tudo é trabalho”. Parte para a vida pessoal: Ivete discorre acerca de maternidade, família, marido… Marília pergunta algo crucial de modo que transcreverei aqui apenas como ideia: “Como se dá a rivalidade entre as cantoras baianas, especificamente as de “axé”? No que Veveta, o apelido de Ivete, replica: “A rivalidade é boa por questões de mercado”. É verdade, quem esquece-se da disputa acirrada entre Emilinha Borba e Marlene? Até hoje desconhece-se o que havia de verdade nisto. E, por fim, ao ser indagada pela jornalista qual era o sonho de sua vida, sem pestanejar, diz: “Continuar cantando.” Ivete Sangalo, no que depender dos ardorosos fãs que abarca, o sonho que acalenta será sempre real.