Blog do Paulo Ruch

Cinema, Moda, Teatro, TV e… algo mais.

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Foto: Divulgação/TV Globo

Em “Insensato Coração”, assistimos a uma cena tocante na novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Carol (Camila Pitanga, muito bem no papel), fragilizada, vulnerável, combalida por decepções sucedâneas, sem estar certa do que realmente quer, decide fazer o que destruiria sonho que poderia não se repetir. E falta pouco tempo para o fato se consumar. Graças à dignidade de Haidê (a sempre ótima Rosi Campos), Alice (Paloma Bernardi) chega minutos antes de sua irmã realizar algo do que iria se arrepender depois. Alice para convencê-la usa de argumentos sábios: – Esquece o André (Lázaro Ramos). O que eu estou querendo dizer é ‘pra’ você esquecer o André, e pensar em você. Se esse filho é metade o André, a outra metade é você, Carol. Essa pessoa linda, essa pessoa justa, essa pessoa que não faria mal a ninguém. Essa pessoa é você, Carol. E esse aqui, ‘ó’ (coloca a mão na barriga de Carol). Esse aqui é o seu filho. A executiva da área de Marketing do Grupo Drumond ainda não parece convencida. No que Alice se mostra mais forte e convicta de seus atos. Afirma que daqui a alguns anos poderá vir a encontrar André em uma “rua qualquer”, e que ele poderá significar um “estranho”. Alice, com incrível maturidade, lembra-lhe que poderá neste dia dar a mão ao seu filho, levá-lo ao cinema, buscá-lo na escola… Solta frase forte: – Por causa dele, você vai deixar de viver a sua maior alegria. Carol Miranda apela para a questão de que “o filho veio na hora errada”. Há a promoção no trabalho. Um dilema, um drama da mulher contemporânea: filhos x trabalho. Alice não desiste, e lhe indaga se André aceitasse o fruto da relação de ambos se levaria a cabo o que tende a fazer devido à oportunidade de trabalho. “Touché”, Alice. Carol, em meio a aflição que não tem fim, confessa que “nunca pensou em ser mãe solteira”. Alice: – Nem tudo acontece do jeito que a gente imagina, do jeito que a gente espera. Alice parece estar chegando lá. Não pode perder a perseverança. As emoções de Carol não se deixariam atingir pelo que a irmã falara? “Quantas vezes, eu te vi sonhando em amamentar um bebê.” Finalmente, a futura mãe capitulou. As irmãs deram o abraço da vida. O beijo da vida. Lágrimas da vida verteram. E sorrisos da vida se abriram. Quem está por vir, menino ou menina, viverá. Viverá pelo amor à vida de Haidê. Pelo amor à vida de Alice que fez com que a irmã enxergasse o valor da vida. Falando em vida, Paloma Bernardi, ao meu ver, teve a cena mais bonita de sua vida. Venceu a vida.

Categorias: TV

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