Sandra, Lidoka, Regina, Dhu, Leiloca e Edir. Seis moças, jovens artistas que davam um duro danado para sobreviver. Nelson Motta, rapaz criativo ligado à música inaugura boate chamada “Frenetic Dancin’ Days”, em plena era “disco”. Elas gravam canção de Gonzaguinha. Improvável? Sim, improvável. Dão-se conta do sucesso da mesma quando estavam apinhadas todas em táxi, e no rádio suas vozes são ouvidas. Felicidade geral. Nelson, o moço de quem lhes falei antes, convida-as para serem garçonetes daquela boate que inaugurara. Aceitam, desde que não servissem apenas drinques, mas música e dança também. Tônia Carrero ao se deparar com Sandra, disse-lhe que se assemelhava à irmã de Marília Pêra. Sandra afirmou que na verdade era. As pessoas pareciam não entender muito bem como atrizes/cantoras estavam servindo mesas. Aliás, citando Marília, esta fora a responsável pelo figurino delas todo feito em lurex, e com decotes ousados tanto na frente quanto atrás. Fato é que a boate virou a grande sensação da época no Rio de Janeiro. Celebridades para lá iam, como Gal Costa, Maria Bethânia e Caetano Veloso. Entretanto, o frenesi durou pouco tempo. E a casa foi fechada. Porém, As Frenéticas continuaram seu curso frenético. No sertão, encontraram meninas simples bailando em chão de terra batida ao som das melodias do grupo. Eram As Frenéticas invadindo o Brasil. As canções cativantes e irresistíveis viraram tema de abertura de novelas. Nelson Motta decide reabrir a boate em outro local, com show de As Frenéticas, é claro. Os dois primeiros discos foram um fenômeno de vendas. O terceiro, já nem tanto. A elas sugeriram que interpretassem Lamartine Babo. A crítica aprovou. Contudo, não houve aceitação fácil do público. O frenético mundo de As Frenéticas parecia pedir uma pausa. A saída das integrantes foi se dando gradativamente. Segundo uma delas, a dor assim poderia ser menor. Para concluir, chegamos a algo irrefutável: As Frenéticas conquistaram seu merecido espaço na música popular brasileira. Hoje, cada uma delas segue a sua vida. Hoje, cada uma delas “faz a sua festa”.