Blog do Paulo Ruch

Cinema, Moda, Teatro, TV e… algo mais.

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Foto: Divulgação/TV Globo

No início da trama de “Insensato Coração”, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, Kléber, personagem de Cassio Gabus Mendes, que demonstra uma vez mais ser um ator a quem devemos respeito, e que há muito tempo presenteia-nos com bons papéis e interpretações, mostrou logo ao que veio. Um jornalista separado, pai de filha adolescente, Olívia (Polliana Aleixo), impregnado de preconceitos da cabeça aos pés, ciumento e possessivo com relação a Daysi (Isabela Garcia), a ex-mulher, além de desrespeitoso e irascível no trato com Álvaro (Ricardo Rathsam), o editor do jornal onde trabalha. Na profissão, relutava o quanto fosse possível a dar notícias em primeira mão na versão on-line. Possuía o pensamento tacanho de que o “furo” perderia o seu impacto. Impacto este que inevitavelmente já não existiria se se esperasse o dia seguinte. Sua vida começou então a degringolar. As rédeas passam a escapar-lhe ao controle. Dívidas provocadas pelo vício no jogo provocam o não pagamento da pensão alimentícia da filha. As brigas com Daysi, o irmão Gabino (Guilherme Piva), e o editor só pioram. E os preconceitos também. Kléber assim não nos causava qualquer simpatia, mesmo sendo um profissional que buscasse as verdade e justiça. Até que em certa ocasião, chega ao local do trabalho bêbado. E dispara ofensas contra o superior. Demissão sumária. Reata de forma clandestina com a ex-mulher. Voltam o ciúme e o sentimento de posse, que motivam a perda de oportunidades de emprego daquela. Atinge o cume de roubar dinheiro de trabalhadora. A digna Haidê (Rosi Campos). É desmascarado e humilhado em praça pública. A filha por testemunha. Sem emprego, sem mulher, sem bússola e sem honra, está perto do escuro do fundo do poço. As portas para o sustento lhe foram fechadas a cadeado. E as chaves jogadas fora. Kléber está queimado. Porém, ao que parece liberto do jogo, em meio a tantos preconceitos, um foi dissipado. Dissipado por estar preso. Preso aos ideais de se fazer valer o que é justo em sociedade. Com a ajuda da filha que nunca lhe negou ajuda, cria um blog. Sim, um blog. Ele que sempre difamou o mundo virtual. Com o intuito de melhorar a imagem do país em que vive, o personagem Kléber assume outro personagem: Kléber Damasceno, o defensor dos blogs e oprimidos.

Categorias: TV

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