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Diogo Vilela revive o grande artista niteroiense que imortalizou canções como “Conceição”/Foto: Victor Zorzal

A brilhante trajetória de Diogo Vilela nos palcos está atrelada às suas memoráveis homenagens a Cauby Peixoto

Quando se pensa na brilhante trajetória de Diogo Vilela pelos palcos é impossível não associá-la às suas memoráveis homenagens a um de nossos maiores cantores, Cauby Peixoto. Baseado no repertório de “Cauby, Cauby!” (2006), o talentosíssimo intérprete também da TV e do cinema, revive em seu mais novo espetáculo musical a voz de “Conceição”, “Cauby, Uma Paixão”, com roteiro de Flavio Marinho e direção de Marco Aurélio Monteiro. Marco realiza com maestria um amálgama perfeito entre dramaturgia e show, tornando a montagem infalivelmente encantadora e emocionante. Flavio Marinho, um craque no manejo das palavras, incrementa o seu texto com uma fina ironia o adaptando aos tempos atuais, abordando, por exemplo, as fake news. Um dos grandes méritos da obra é saber intercalar os impecáveis números musicais com as cenas em que Diogo, como Cauby, conversa com o público usando todo o seu carisma sobre passagens da vida e carreira do artista, como a estada nos Estados Unidos.

Diogo Vilela arrebata o público com sua voz potente e a sua dedicação a nos aproximar ao máximo da figura do artista niteroiense

Diogo Vilela, com ótimo visagismo de Mona Magalhães, trajando o brilho inconfundível do ídolo (acervo pessoal de Cauby), certifica-nos sobre a completude de seu talento, arrebatando o público com sua voz potente, afinada, com extensões e graves arrepiantes. O ator se ateve a todos os detalhes que pudessem nos aproximar ao máximo do cantor niteroiense, como as posições e deslocamentos das mãos, além da semelhança incrível com as notas da sua entonação vocal/musical.

“Cauby, Uma Paixão” é uma lindíssima e tocante encenação que mostra o quanto a musicalidade dos nossos atores deve ser reverenciada

Cabe destacar o virtuosismo dos três músicos que o acompanham: Roberto Bahal no piano, Helbe Machado na bateria e Fernando Trocado no sax/sopros. A charmosa e envolvente direção de arte de Ronald Teixeira se soma à inebriante luz de Daniela Sanchez que nos transporta para o universo mágico do homenageado. Liliane Secco se encarrega com primor da direção musical, que inclui desde o clássico “Bastidores” passando pela bossanovista “Samba do Avião” até standards como “New York, New York”. “Cauby, Uma Paixão”, lindíssima e tocante encenação, mostra-nos o quanto o nosso país é musical e o quanto a musicalidade dos nossos atores deve ser reverenciada. Não só Cauby Peixoto é uma paixão. Diogo Vilela também.

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