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Se eu ao caminhar na rua, e encontrasse um ator, e de pronto, perguntasse: – Você quer ser John Malkovich?, não teria bastante dúvidas que a resposta seria: – Sim, queria. John é um dos intérpretes mais instigantes de que se tem notícia. Além do potencial dramático irrefutável, e ao qual qualquer crítico vê-se obrigado a se render, possui rosto misterioso, enigmático e marcante. Malkovich sabe disso tirar proveito e cria tipos inolvidáveis, como o Valmont, do célebre romance de Choderlo de Laclos que serviu de inspiração para Christopher Hampton escrever peça homônima, que acabara transformada em longa do britânico Stephen Frears. Glenn Close e Michelle Pfeiffer junto a ele, tornaram este filme memorável. Malkovich já trabalhou com excelsos diretores, como o longevo em atividade, o português Manoel de Oliveira. Ganhara privilégio de integrar o “cast” da deliciosa comédia dos irmãos Coen, “Queime Depois de Ler”, com Frances McDormand e Brad Pitt. Com Spike Jonze, fizera obra autoral que citara aqui no início.