Estávamos no ano de 1980. Tamara Taxman (que lançara há pouco dois livros infantis) fazia a ótima novela de Gilberto Braga e Manoel Carlos, “Água Viva”. O elenco era de primeira. Eu não perdia um capítulo. Cheguei a revê-la no “Vale a Pena Ver de Novo”, em 1984. E acho que talvez lhe assistisse mais uma vez se fosse possível. Só para se ter uma ideia, havia no “cast” Reginaldo Faria, Betty Faria, Raul Cortez, Tônia Carrero, Glória Pires e tantos outros bons atores, inclusive Tamara Taxman, a Florinda de “Insensato Coração”. Sua personagem era Selma. Mantinha relacionamento com o ex-marido de Lígia (Betty Faria), Heitor (Carlos Eduardo Dolabella). E as duas, evidente, não se davam bem. Houve uma cena em particular que não me saiu da memória: durante momento de briga, Lígia empurra Selma com roupa e tudo numa piscina. Pode parecer banal, e é, porém me marcou de certa forma. Agora, com relação ao fato de Tamara ter sido legal comigo, irei lhes explicar. Nesta época, frequentava com minha família um clube no Rio de Janeiro que servia de locação para o folhetim. Por que um clube como locação? Porque Nélson Fragonard (Reginaldo Faria) apreciava navegar com sua lancha. Entretanto, não encontrei a atriz em pauta em dia de gravação, e sim num final de semana. Como criança não para quieta, e está sempre a observar o que está à sua volta, logo percebi a presença da artista de lindos olhos verdes. Para mim era Selma na minha frente, apesar de saber que se tratava de Tamara Taxman. Cheguei até a ela, e lhe pedi um autógrafo. Deu-me não só um autógrafo, mas um largo e bonito sorriso. É simples, não me esqueci. Tamara já foi legal comigo. E disso, eu não me esqueço.