Foto: Estevam Avellar/TV Globo
Ícaro (Mateus Solano), um cientista em busca da mulher perdida. Cria Naomi (Flávia Alessandra), uma androide à imagem e semelhança de quem sempre amou. Naomi toca lindamente piano, e desperta o adormecido em Leandro (Caio Blat). Nem todos sabem de que não é humana. Surge então uma outra Naomi que o é. O mistério está estabelecido. Os sentimentos divididos. E como os mesmos serão cuidados somente Walcyr Carrasco, o autor da novela das 19h, decidirá. Enquanto isso, o público acompanha o desempenho desta atriz formada em Direito, e que chegara até a montar escritório, que por força da sinopse, vê-se obrigada a exibir habilidade ora em mostrar ora em ocultar sentimentos. E o início na profissão? Como se dera? Flávia, assim como Adriana Esteves e Gabriela Duarte, estreara na Rede Globo no folhetim de Walther Negrão e Antonio Calmon, “Top Model”, após ter participado de concurso no “Domingão do Faustão”. Depois de pequenas atuações em algumas produções da emissora, um papel de real destaque lhe é oferecido por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares em “A Indomada”. Fora Dorothy. Esta obra serviu como elemento desencadeante do processo de afirmação da carreira de Flávia. Volta a trabalhar assim com Ricardo Linhares em “Meu Bem Querer”, desta vez como vilã. Não demorou muito para que a intérprete ganhasse status de protagonista em “Porto dos Milagres”. Status este repetido em “O Beijo do Vampiro”, em que retoma parceria com Antonio Calmon. Sucesso arrebatador estava por vir. E aconteceu pelas mãos de Walcyr Carrasco. Seu prestígio só fez aumentar com “Alma Gêmea”. Posterior a “Pé na Jaca”, mais um êxito: a Alzira de “Duas Caras”, de Aguinaldo Silva. Alzira, como exímia dançarina de “pole dance”, causou interesse nacional por esta prática. A seguir, ao lado de Malvino Salvador, estrela “Caras & Bocas”. No cinema, integra o elenco de “De Pernas Pro Ar”. Por suas interpretações na televisão, fora agraciada com vários prêmios concedidos pela Revista Contigo!. Agora, como Naomi em “Morde & Assopra”, difícil não se lembrar das replicantes de Daryl Hannah e Sean Young no clássico da ficção-científica de 1982 dirigido por Ridley Scott, “Blade Runner – O Caçador de Androides”. Naomi, humana, ou não humana, com ou sem o lindo som que tira das teclas de um piano, é mulher capaz de mexer com os sentimentos masculinos que se exacerbam ou não.