A atriz Isadora Ribeiro no Fashion Rio Verão 13/14, na Marina da Glória. Foto: Paulo Ruch
Isadora é curitibana, e iniciou a sua carreira como modelo.
Por meio de testes, foi selecionada para protagonizar uma das aberturas mais emblemáticas feitas por Hans Donner para o dominical “Fantástico”, na Rede Globo (o tema fora inspirado nos quatro elementos da natureza – água, ar, fogo e terra; a modelo teve as maçãs do rosto pintadas e usava adereços metalizados futuristas na cabeça e no corpo; o biquíni possuía cores berrantes; emergia vagarosamente da água; Isadora Ribeiro é considerada a partir daí uma das mulheres mais admiradas por sua beleza no país).
Outra abertura de grandes sucesso e impacto também contou com o seu protagonismo: a da novela de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, “Tieta”; na citada abertura, ao som do hit de Luiz Caldas, “Tieta”, Isadora Ribeiro ostenta seu escultural corpo; em passagens distintas, o mencionado corpo é “formado” por agentes externos, “enrosca-se” no tronco de uma árvore, “desenrosca-se”, seguindo a letra da canção de Luiz; ao final, mexe em seus cabelos de modo lânguido, e se dirige para a câmera; surgia assim uma das melhores e mais bem produzidas aberturas de novela, e um dos mais cuidadosos e caprichados trabalhos do designer Hans Donner).
A sua trajetória como atriz começa no SBT, no folhetim escrito por Carlos Alberto Soffredini, com a direção de Walter Avancini, “Brasileiros e Brasileiras”.
Retorna à Globo, e participa, como Dóris, de “O Dono do Mundo”, uma obra de Gilberto Braga, que está sendo reprisada no Canal Viva.
Há um reencontro com Aguinaldo Silva em “Pedra sobre Pedra” (o teledramaturgo criou a trama em parceria com Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn), como Suzana, uma fogosa moça que acaba se envolvendo com o sedutor Jorge Tadeu, Fábio Jr. (“Pedra sobre Pedra” está sendo exibida no Viva).
No ano seguinte, 1993, a atriz é escalada para compor uma personagem (Dona Marqueza) em “Fera Ferida” (os três autores de “Tieta” e “Pedra sobre Pedra” se basearam no legado ficcional de Lima Barreto para costurar a história).
Logo em seguida, entra no bem-sucedido remake de “Mulheres de Areia”, de Ivani Ribeiro.
No horário nobre, na novela que revelava o desencanto dos brasileiros com a sua nação, “Pátria Minha”, de Gilberto Braga, formou par romântico com o vilão Raul Pellegrini, Tarcísio Meira.
Foi dirigida por Tizuca Yamasaki em sua primeira minissérie, “Madona de Cedro” (Walther Negrão teve como inspiração o romance homônimo de Antonio Callado).
No mesmo ano de 1995, esteve tanto em “Explode Coração”, de Gloria Perez (comoveu como Odaísa, mãe de uma criança desaparecida; com a repercussão de seu papel e respectivo drama, várias crianças foram encontradas no Brasil), e “Decadência”, de Dias Gomes.
Participara ainda de outras telenovelas, como “O Amor Está no Ar”, “Torre de Babel”, “Uga Uga”, “Filhas da Mãe” e “Celebridade”, além de humorísticos, série e “Você Decide”.
Na sua volta ao SBT, marcou presença em duas produções: “Uma Rosa Com Amor” (uma adaptação de Tiago Santiago da obra original de Vicente Sesso) e “Amor e Revolução” (a visão de Tiago Santiago acerca dos “Anos de Chumbo”, como é chamado o período da ditadura militar imposta no Brasil).
A intérprete pôde ser vista nos cinemas, em longas dirigidos por Ivan Cardoso (“O Escorpião Escarlate”), Alexandre Boury e Marcelo Travesso (“Um Anjo Trapalhão”) e Luiz Carlos Lacerda (“Viva Sapato!), dentre outros.
Em tempos de Carnaval, vale lembrar que a artista foi uma de suas maiores musas, como Rainha de Bateria das escolas de samba cariocas.
Em entrevista concedida ao “Video Show”, em agosto do ano passado, na TV Globo, Isadora Ribeiro afirmou que tem planos de montar uma peça teatral, de autoria de sua filha, Maria Sampaio, “Diário de Bordo”.
Foto: Paulo Ruch
Agradecimento: R.Groove