
A atriz Debora Bloch no Fashion Rio Outono Inverno 2014, no Píer Mauá.
Debora nasceu em Belo Horizonte, MG, e muito jovem frequentou um curso ministrado pelos atores e diretores Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque e pelo diretor Amir Haddad, no Teatro Ipanema, RJ, fundado pelos dois primeiros e cenário de montagens históricas, fato que fez com que não tivesse mais dúvidas quanto à escolha de sua profissão.
A estreia teatral de Debora ocorreu em grande estilo, na peça “Rasga Coração”, de Vianinha.
Junto com Chico Diaz, Andréa Beltrão e Pedro Cardoso cria um dos grupos de maior sucesso no panorama cênico da década de 80, o “Manhas e Manias” (receberam bastantes prêmios).
Já na televisão, no caso a Rede Globo, sua interpretação pôde ser conferida e aplaudida na novela de Silvio de Abreu, que ia ao ar às 19h, “Jogo da Vida” (sua personagem se chamava Lívia, era filha de Jordana, Glória Menezes, e namorada de Jerônimo, Mário Gomes, e por esta atuação recebeu a láurea de “Atriz Revelação” concedida pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte).
Logo no ano seguinte, 1982, integrou o elenco de “Sol de Verão”, de Manoel Carlos, no horário nobre, folhetim em que viveu um lindo romance com Abel, um deficiente auditivo defendido por Tony Ramos.
Após incursões em “Casos Especiais” e no seriado “Armação Ilimitada”, ganha um de seus mais marcantes papéis, na produção escrita por Silvio de Abreu, “Cambalacho”, em que personificou a mecânica masculinizada porém romântica Ana Machadão.
Dois anos depois, em 1988, Debora Bloch simplesmente fez parte de um dos programas de humor mais revolucionários da TV brasileira, que rompeu com uma série de padrões preestabelecidos, “TV Pirata”.
Faltava-lhe uma minissérie, e lhe surgiu o convite para ser a protagonista de “A, E, I, O… Urca” (como o próprio nome diz abordava os tempos áureos do Cassino da Urca, no Rio de Janeiro).
Toma uma decisão significativa, ao resolver mudar de emissora, o SBT, e ser uma das atrizes principais de “As Pupilas do Senhor Reitor”, telenovela baseada no romance homônimo de Júlio Diniz, dirigida por Nilton Travesso.
Entre 1995 e 1996, a artista teve um belo momento em sua trajetória ao ser escalada para vários episódios de “Comédia da Vida Privada” (inspirados nas crônicas de Luis Fernando Verissimo) e “A Vida Como Ela É” (as crônicas de Nelson Rodrigues serviram de base para as tramas).
Seu pioneiro encontro com os autores Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa aconteceu em “Salsa e Merengue”, como Teodora.
Em “Andando nas Nuvens”, de Euclydes Marinho, foi uma jornalista, Júlia Montana.
Nas comemorações pelos 500 anos do Descobrimento do Brasil, esteve na minissérie “A Invenção do Brasil”.
Antes da Madô de “A Lua Me Disse” (novamente de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa), Debora contribuiu com sua conhecida verve cômica para diversas produções humorísticas, como “Doris para Maiores”, “A Grande Família”, “As 50 Leis do Amor” e a “Vida ao Vivo Show”.
Retorna às minisséries, como “JFK”, “Amazônia, De Galvez a Chico Mendes” e “Queridos Amigos”.
Em “Caminho das Índias”, de Gloria Perez, foi vítima da psicopata Yvone, interpretada com verossimilhança por Letícia Sabatella.
Fez uma divertida dupla com Wladimir Brichta em “Separação?!”.
Foi uma nobre, a Duquesa Úrsula, na novela que encantou o público, “Cordel Encantado”, de Duca Rachid e Thelma Guedes.
Lutou pelo amor de Cadinho (Alexandre Borges), ao lado de Carolina Ferraz e Camila Morgado, no fenômeno de João Emanuel Carneiro, “Avenida Brasil”.
No “remake” de “Saramandaia”, apaixonou-se pelo lobisomem Professor Aristóbulo de Gabriel Braga Nunes.
No cinema, o seu “début” não poderia ter sido mais avassalador: protagonizou “Bete Balanço”, de Lael Rodrigues (tornou-se musa do cinema nacional; ganhou o Prêmio Air France).
Vieram demais longas metragens, como “Noites do Sertão”, de Carlos Alberto Prates Correia (prêmios em Brasília, Gramado e Cartagena, Colômbia); “Veja Esta Canção”, de Cacá Diegues (premiada nos EUA e novamente pela APCA); “Patriamada”, de Tizuca Yamasaki; “O Grande Mentecapto”, de Oswaldo Caldeira; “A Ostra e o Vento”, de Walter Lima Jr.; “Bossa Nova”, de Bruno Barreto; “Caramuru – A Invenção do Brasil”, de Guel Arraes, e “À Deriva”, de Heitor Dhalia, dentre outros.
Na ribalta, com o grupo “Manhas e Manias”, encenou “Brincando com Fogo” e “Recordações do Futuro” (além de produções infantis).
Fora vista nos espetáculos, êxitos de público e crítica, “Fica Comigo Esta Noite”, “5 x Comédia”, “Duas Mulheres e um Cadáver”, “Tio Vanya” e “Brincando em Cima Daquilo”.
No momento, Debora Bloch é uma das protagonistas da novela das 18h escrita por Lícia Manzo, “Sete Vidas”, que está em sua penúltima semana (Debora interpreta uma jornalista conceituada, Lígia, irmã da publicitária Irene, Malu Galli, que nutre uma forte paixão pelo ambientalista Miguel, interpretado por Domingos Montagner, o que acaba atrapalhando os seus planos iniciais de constituir uma família completa; a filha de Dália, Selma Egrei, é uma mulher magnânima e sensata, e num gesto admirável aceita e recebe com afeto os irmãos biológicos de seu filho Bruno).
Debora Bloch tem em vista, após o fim de “Sete Vidas”, a montagem de um texto teatral, cujos direitos da obra foram comprados por ela (trata-se de uma coletânea de contos da autora inglesa vencedora do Nobel de Literatura Doris Lessing; o espetáculo, que abordará o universo feminino, terá o nome “Hábito de Amar”).
Agradecimento: R. Groove
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