Vendo fotos de Felipe Camargo, impossível é para mim não me transportar para os idos de 1986. Quando a minissérie era anunciada na TV, não me entusiasmei de pronto. Mas resolvi lhe assistir. Mal sabia eu que estava passando a acompanhar uma das melhores obras neste formato feitas até hoje, e uma das mais brilhantes histórias de Gilberto Braga. Quase nada me escapa da memória. A abertura na qual se via o Instituto de Educação na Tijuca, Rio de Janeiro, ora em “P & B, ora colorido, ao som da bela música de Tom Jobim, em que se destacavam os leves toques nas teclas de um piano. Era a estreia de Felipe. De cara, seria filho do grande Milton Moraes, e da estrela Betty Faria. Seus pais eram desquitados. Sim, eram os anos 50. Os dourados anos 50. Houve ainda a presença de honoráveis artistas, como José Lewgoy, Cláudio Corrêa e Castro, Yara Amaral e Norma Geraldy. Antonio Calloni fazia o divertido Claudionor. Taumaturgo Ferreira, o impagável Urubu. Isabela Garcia… Dourados foram os dias que vi “Anos Dourados”.