É mesmo Marisa? Claro, Paulo, é Marisa. Esqueceu-se de que é atriz? São os “ossos do ofício”. Ou ofícios da arte, como bem quiserem. Confesso que estranho é, pois é uma de nossas rainhas, não da “sucata”, mas da exuberância. Ao isto fazer, junta-se a John Travolta, Eddie Murphy e Gwyneth Paltrow. Não é “vexame” algum, afinal, ser gorda não é vexame. A atriz cantora há tempos em palco da “terra da garoa”, ou “terra da não mais garoa”, estando em casa, quer dizer, no palco, fora achada por um certo Silvio de Abreu. Silvio que abriu suas portas. Não “as portas da percepção” de Aldous Huxley, mas as portas do sucesso. Divertida foi como a moça do museu apaixonada por personagem de Fagundes. Fez-nos rir, sem nos cobrar nada. Generosa. Tive prazer de vê-la em peça de Albee, “Três Mulheres Altas”. Por coincidência, eram todas “altas” em talento: Orth, Segall e Timberg. Atuara em “Fica Comigo Esta Noite”. Retrucamos: não deixe de ficar com a gente. Quando há trabalho seu, há a emergência de sua interpretação admirar.