Blog do Paulo Ruch

Cinema, Moda, Teatro, TV e… algo mais.

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Foto/Divulgação TV Globo

Em certa época, poderíamos considerar Dira Paes uma atriz exclusivamente de cinema, dada à incalculável quantidade de filmes dos quais participou, muitos deles de suma importância para a cinematografia nacional. Hoje, o “poderíamos” ficou para trás, pois a TV juntamente com o público a abraçaram com enorme carinho. Isto não a fez perder o título de uma das musas do nosso cinema, tendo em vista que continua em plena e merecida atividade nesta área. E pensar que tudo começou com as suas beleza e simpatia brasileiras que conquistaram o diretor britânico John Boorman, que a escalou para ” A Floresta das Esmeraldas” (” The Emerald Forest”), filmado no Brasil em 1985. Interrompendo por ora esta fascinante seara da carreira de Dira, falemos um pouco de sua personagem atual na televisão, a Lucimar de “Salve Jorge”, de Gloria Perez. Na última semana, e no capítulo de ontem, a intérprete mostrou toda a intensidade do seu talento em várias cenas que foram exibidas. Lucimar comoveu-nos com seu pranto dilacerante ao saber que a filha Morena (Nanda Costa) não estava mais viva, sob os olhares atônitos e compungidos dos que a cercavam. O desespero estampado no rosto e o grito de dor constituíram um todo pungente. Dira Paes tivera ótimas cenas com seus colegas de elenco, como Giovanna Antonelli, Totia Meireles, Odilon Wagner, Lucy Ramos, Paula Pereira e o adorável Luiz Felipe Mello, o neto Júnior. A sede de vingança ou justiça maternal materializada na surra que dera em Wanda (Totia Meireles) em conjunto com série de xingamentos lhe lavou a alma, e ratificou a ampla entrega da atriz ao papel que lhe foi conferido pela autora. Lucimar, dentre um numeroso “cast”, com seu modo expansivo, verdadeiro, justo e sensível conquistou desde já os telespectadores. Dira coleciona sucessos na TV como a índia Potira no “remake” de “Irmãos Coragem” (na primeira versão o papel fora defendido por Lúcia Alves); a Solineuza de “A Diarista”, em que pôde provar sua verve cômica; a divertida e lasciva Norminha, que garantia um dos melhores momentos de “Caminho das Índias”; e a Celeste de “Fina Estampa”, uma mulher que sofreu com a violência doméstica, e que acabou dando a volta por cima. Outras novelas também fazem parte de seu vasto currículo, como “Araponga”, “Força de um Desejo” e “Ti-Ti-Ti”. E minisséries: “Dona Flor e seus Dois Maridos”, “Chiquinha Gonzaga” e “Um Só Coração”. Foi uma das atrizes escolhidas para estrelar um episódio de “As Brasileiras”. No cinema, a sua filmografia é impressionante, e com ela vieram diversos prêmios e indicações. Os longas “Corisco & Dadá”, “Anahy de las Misiones”, “O Casamento de Louise”, “Ele, o Boto”, “Amarelo Manga”, “Noite de São João” e “2 Filhos de Francisco – A História de Zezé di Camargo e Luciano” estão entre aqueles que lhe proporcionaram as láureas e as citadas indicações. Integrou o elenco de outros filmes, como “Cronicamente Inviável”, “Meu Tio Matou Um Cara”, “Celeste e Estrela”, “Ó, Paí, Ó”, e alguns de inegável apelo comercial, como “A Grande Família – O Filme” e “E Aí… Comeu?”. O último que fizera fora “À Beira do Caminho”. Dira é uma intérprete que se destaca no meio artístico por seu engajamento social, seja promovendo um festival de cinema em Belém, no seu estado natal, seja por demais causas humanitárias. E quanto a Lucimar, ainda veremos a ferocidade desencadeada por profundo amor de mãe sobrepujando todas as barreiras que lhe sobrevierem. Afinal de contas, além de ser mãe, Lucimar é brava. Brava gente brasileira.

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