Blog do Paulo Ruch

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Os atores Bruno Bevan e Natalia do Vale vivem um casal em conflito por pertencerem a gerações diferentes/Foto: João Miguel Jr./TV Globo

Walcyr Carrasco dá a sua valiosa contribuição na desconstrução de mais um preconceito, dentre tantos em nossa sociedade, o machismo, ao apresentar ao público a relação afetiva entre um homem mais moço e uma mulher madura 

Numa cultura na qual o machismo sempre teve um papel preponderante, sendo que esta condição desigual e injusta entre os gêneros felizmente passa por um processo de reavaliação alimentado por diversos grupos civis, o lindo e tocante romance entre o jovem Zé Hélio (a revelação Bruno Bevan) e a recém divorciada Beatriz (a consagrada Natalia do Vale) na novela de Walcyr Carrasco com direção artística de Amora Mautner “A Dona do Pedaço”, na Rede Globo, como obra audiovisual de alcance infinito na coletividade, cumpre uma função social de desconstrução de preconceito (a relação entre um homem mais moço e uma mulher mais madura) de inegável relevância. 

Natalia do Vale, consagrada atriz, e Bruno Bevan, jovem revelação, com os seus respectivos talentos, são responsáveis diretos pela química e consequente sucesso do casal 

O casal Zé Hélio/Beatriz tem encantado os telespectadores desde as suas primeiras cenas na academia de ginástica, e não são poucas as razões para o sucesso deste par.
Um dos maiores acertos foi a aposta no niteroiense formado em Publicidade, com carreira bem-sucedida de modelo, e passagens por vários cursos importantes de teatro (CAL, Tablado e Escola de Atores Wolf Maya), Bruno Bevan. Bruno, além de sua beleza inconteste, possui postura elegante, tempo perfeito das falas e controle das emoções.
Natalia do Vale, uma de nossas atrizes mais queridas, talentosíssima, bela, doce, com uma trajetória brilhante na teledramaturgia, torna a personagem ainda mais crível. 

Texto e direção compartilham sensibilidade e delicadeza na concepção das lindas cenas de Zé Hélio e Beatriz 

O texto de Walcyr é meticuloso, prudente, delicado e sensível.
Sem atropelos ou pressa, o autor sabiamente criou a ambiência de aproximação de ambos respeitando as fases basilares de uma conquista romântica, ciente da vulnerabilidade de Beatriz, e do cuidado exigido pelo tema.
A direção de Amora e Luciano Sabino (diretor geral) compreende a real dimensão emotiva deste envolvimento e as barreiras sociais que o cercam, imprimindo às suas cenas ternura sem em nenhum instante resvalar no clichê do sentimentalismo ou pieguice, fácil armadilha.
A cena recente que culminou no beijo entre Zé Hélio e Beatriz é desde já uma das mais bonitas, difíceis e bem dirigidas do folhetim das 21h.
Termino a análise com a frase de Hélio para sua namorada: “Meu coração tem a idade do teu”. 

Categorias: TV

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