Blog do Paulo Ruch

Cinema, Moda, Teatro, TV e… algo mais.

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Foto: Revista mymag

Eu lia e relia críticas elogiosas ao espetáculo “A Máquina”, dirigido por João Falcão, e que no qual havia atores talentosos, como os baianos Wagner Moura e Lázaro Ramos (Gustavo Falcão é recifense). Porém, em meio aos conterrâneos de Bethânia tinha mineiro de Diamantina cujo nome é Paulo. Sim, Paulo Wladimir Brichta. Paulo, creio, é um dos artistas mais queridos do público em geral. Por quê? Pelos talento e simplicidade. Esta última virtude ficara evidente numa entrevista dele à qual assisti, no “Programa do Jô”. Bem, apesar de ter realizado outros trabalhos na TV, só vim a acompanhá-lo do início ao fim em “Belíssima”. O personagem Narciso (era tão vaidoso quanto a figura mitológica) possuía pujante comicidade, mas me lembro de cenas delicadas em que contracenava com Irene Ravache (Katina). Suas “performances” como modelo no folhetim eram ótimas. Ofereceram-lhe merecido programa próprio (“Faça Sua História”, em que era o motorista de táxi Oswaldir). Fora parceiro de excelente atriz (Debora Bloch), que se afinou bastante com ele, em “Separação?!”. Protagonizara a peça “Hamelim”, de Juan Mayorga. Agora, uma indagação: quando de fato Wladimir se fez notar? Chamara a atenção para si como o Ezequiel da novela “Porto dos Milagres” (2001), de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares (adaptação de obras de Jorge Amado). A seguir, vieram “Coração de Estudante”, “Kubanacan” e “Começar de Novo” (houve participações em seriados também). Como artista de teatro, coleciona renomadas encenações: “O Inspetor Geral”, de Nikolai Gogol, “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de João Guimarães Rosa, “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams, “Calígula”, de Albert Camus, “Equus”, de Peter Shaffer, e o musical “Os Produtores”, de Mel Brooks e Thomas Meehan. No cinema, destacamos “A Máquina” (história baseada na mesma peça de Adriana Falcão que o lançou), “Fica Comigo Esta Noite”, “Romance” (gostei desse longa-metragem), “A Mulher Invisível” e “Quincas Berro D’Água”. No ano passado, Wladimir mostrara-nos convincente atuação, impingindo as doses certas de dramaticidade ao lado de Alinne Moraes em dois episódios de “Amor em 4 Atos”. O papel continha contornos nas angústias que remetiam ao movimento cinematográfico francês “Nouvelle Vague”. Como podemos perceber, Wladimir Brichta leva a sério a profissão escolhida. Leva a sério e nos faz rir como o Armani de “Tapas & Beijos”, seriado da Rede Globo.

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