A cantora e compositora Beth Carvalho no Fashion Rio Verão 2014/2015, na Marina da Glória.
Beth é carioca, e veio de uma família de músicos.
Quando adolescente aprendeu a tocar violão, e com sua experiência passou a dar aulas em escolas.
Frequentou, levada pelo pai, ensaios de escolas de samba e reuniões embaladas por este estilo musical.
Fora efetivamente nos anos 60 que Beth Carvalho mostrou o seu lado cantora, influenciada pela bossa nova que dominava os círculos musicais da época.
Participou ativamente dos marcantes festivais de música, como o Festival Internacional da Canção.
Ficando em 3º lugar no Festival Internacional da Canção de 1968, ao entoar “Andança” (que serviu de título ao seu primeiro LP), tornou-se conhecida em todo o país.
A cantora se transformou em um sucesso de vendas, emplacando um LP após o outro, em que músicas como “Coisinha do Pai” e “Vou Festejar” se destacaram.
No início da década de 70, regravou clássicos de Nelson Cavaquinho (“Folhas Secas”) e Cartola (“As Rosas Não Falam”), resgatando estes artistas.
Foi responsável pela popularização no Brasil do pagode, uma vertente do samba, após ter se reunido em rodas típicas, principalmente as do Bloco Cacique de Ramos, revelando intérpretes e grupos que atualmente são referências, como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão, Luis Carlos da Vila, Arlindo Cruz e Fundo de Quintal.
Introduziu novos instrumentos na execução do samba, como banjo (com afinação de repique), o tan-tan e o repique de mão.
Por suas contribuições relevantes ao samba, não somente por incrementá-lo com novas experimentações sonoras, mas por lançar no mercado fonográfico artistas de talento, recebeu o título de “Madrinha do Samba” (além de outros).
Beth Carvalho possui 50 anos de carreira (comemorados este ano; está em cartaz no Rio de Janeiro um espetáculo em sua homenagem, “Andança – Beth Carvalho, O Musical”, de Rômulo Rodrigues, com direção de Ernesto Piccolo), dezenas de discos e DVDs lançados, tendo se apresentado em diversas cidades do mundo (inclusive no Festival de Montreux, na Suíça, e no Carneggie Hall, em Nova York).
Agraciaram-na com vários prêmios, Discos de Ouro e de Platina, DVD de Platina, e tantas outras láureas.
Em 1984, foi homenageada pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu, que se sagrou campeã, subindo para o Grupo Especial.
Há uma curiosidade em sua trajetória artística: em 1997, um de seus maiores êxitos, “Coisinha do Pai”, foi a canção escolhida por uma engenheira brasileira da NASA para “despertar” um robô em Marte.
No ano de 2013, a famosa mangueirense, que já concorreu ao Grammy Latino, é homenageada novamente no carnaval, desta vez por uma escola de samba paulista, a Acadêmicos de Tatuapé.
Depois de tantas composições, shows, turnês nacionais e internacionais, parcerias históricas, prêmios, Beth Carvalho é considerada hoje uma das mais notáveis cantoras da Música Popular Brasileira.
Agradecimento: R. Groove
TNG