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Blog do Paulo Ruch

  • ” Impressões sobre a peça ‘Mais Uma Vez Amor’.”

    abril 2nd, 2012

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    Foto: Divulgação do espetáculo

    Noite chuvosa. Noite para ver “Mais Uma Vez Amor”. Cheguei ao teatro. Havia um rapaz refestelado em meu assento. Firme, mas não deselegante, avisei-lhe de que aquele me pertencia. Começa a peça. Erom Cordeiro e Deborah Secco surgem pela plateia. Nunca havia assistido a ambos no teatro. Erom, encontrara uma vez, em uma festa no Rio de Janeiro. O ator estava sob a forte repercussão de seu papel em “América”. Cumprimentei-o cordialmente. O espetáculo já fora encenado em tempos idos por Marcos Palmeira e Luana Piovani. Após fazerem “tournée” pelo Brasil, Cordeiro e Secco apresentam-se em curta temporada em terras fluminenses. O que depreendi depois de ter visto a encenação? Dois intérpretes com forte sintonia em cena. Algo importante se levarmos em conta a proposta do texto de Rosane Svartman, Lulu Silva Telles e Ricardo Perroni. Em resumo, é uma trama sobre um casal que atravessa etapas, representadas por momentos simbólicos históricos, e que tem que lidar com inevitáveis mudanças externas e pessoais. Há instantes de drama e comicidade. De forma contextualizada, o sensual se faz existir. E esta sensualidade é cumprida pela beleza física da dupla. A direção do prolífico e competente Ernesto Piccolo é acertada. Ernesto possui compreensão cênica. A trilha sonora, selecionada com esmero, reporta-nos a épocas de outrora. Ficamos tomados por nostalgia. A cenografia é funcional, com biombos transparentes para a troca de figurinos. Destacam-se projeções de bom gosto. O saldo é favorável ao público, que parece se sentir feliz com o que testemunhara. Se houver uma palavra para definir “Mais Uma Vez Amor” é “leveza”. E ao fim, saímos leves. Aguardemos Erom Cordeiro em relevantes filmes, como o “O Palhaço” e “Paraísos Artificiais”. E Deborah, na novela “Insensato Coração”, e no longa “O Doce Veneno do Escorpião”.

  • ” Sinval, o personagem de Kayky Brito em ‘Passione’. “

    abril 2nd, 2012

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    Foto: globo.com

    Se fizermos um cotejo dos personagens de “Passione” chegamos indubitavelmente a uma conclusão: Sinval, interpretado pelo paulista Kayky Brito, é um dos que mais se aproximam do que poderíamos chamar de ser humano ajuizado, em que se pesando os “prós” e os “contras”, temos um rapaz sensível que se norteia pela justiça e pelo amor aos seus familiares. Sempre nos chamaram a atenção a admiração, respeito e preocupação com Danilo, seu irmão primogênito. Com relação à mãe, o jovem teve que tomar posições firmes, chegando a colocá-la em situação de escolher entre os filhos e o amado. Mostrou-se amigo de Lorena nos momentos conflituosos da linda moça. É dedicado ao esporte que pratica. Devotou sentimentos sinceros a Fátima, sendo-lhe compreensivo. Enfim, Sinval representa alguém por quem torcemos e que serve de espelho ideal no que diz respeito aos bons atos. Silvio de Abreu deu um presente a Kayky, que iniciara sua carreira muito cedo em “Chiquititas Brasil” e se destacara em “Chocolate com Pimenta”.

  • “Thiago Fragoso”

    abril 2nd, 2012

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    Foto: Vicente de Paulo/Revista Mymag

    Em tempos de “As Cariocas”, poderíamos então chamar Thiago Fragoso de “O Cantor da Tijuca”. Sim, porque nascera em terra visceralmente carioca, e desde cedo começara a cantar. E este “começara a cantar” o fez interpretar Pery Ribeiro na pérola teledramatúrgica “Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor”. Fragoso é jovem, bem jovem. Mas e daí? Já tem carreira larga em todas as plagas artísticas. E mesmo sendo moço, tão moço, vai ser papai. Que “lullabies” irá escolher para acalentar seu filho? É segredo. Só de Thiago e do filho. Por agora, é Vítor. Vilão de “Araguaia”. Tenho dúvida. Como pode artista com cabelos de querubim ser vilão? Pode. Pode porque Thiago é talentoso. Dizem que não se fazem atores. Estes já vêm ao mundo assim. Porém, o que custa uma lapidação? O rapaz viveu fora por um tempo. Bom que por apenas um tempo. Após, lapidou-se em mãos generosas. Mãos de Amir Haddad, Luís Mello, e Juliana Carneiro da Cunha, que trabalhara com o ícone Ariane Mnouchkine.

  • “Mayana Moura”

    abril 2nd, 2012

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    Foto: marie claire

    Mayana Moura é o tipo de pessoa que tem a prerrogativa de “brincar” consigo mesma. Isto é para poucos. Usa e abusa de roupas que fogem ao senso comum. Muda a cor dos cabelos sem medo da nova identidade que passará a obter. Não se preocupa com o que os outros vão pensar. A isto damos o nome de “personalidade”. Às vezes, em “Passione”, Melina, sua personagem, aparece-nos com um figurino que contrariaria os mais conservadores, os adeptos do “clássico”. Em Mayana há postura cosmopolita. Seria fácil encontrá-la em uma rua de Nova York, Londres ou Tóquio. Ou mesmo na noite de São Paulo. Sim, porque Mayana Moura possui a “cara” da efervescente noite paulistana. Em uma situação, vislumbramos um casaco com uma série de “fechos éclair” dourados, um legging, e botas de cano longo também douradas, uma microssaia, e para rematar um chapéu (!). Ousado? Para Moura, não. Com as madeixas loiras, exibiu-nos faceta diversa de beleza que desconhecia. Após ver tudo isto, só posso concluir dizendo: Mayana Moura, rapte-me camaleoa.

  • “Grandes Obras Literárias Adaptadas para a TV”

    abril 2nd, 2012

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    Foto/Divulgação TV Globo

    A TV aberta, especificamente a Rede Globo, ao apresentar “casos especiais”, “terças nobres”, minisséries, novelas também, e afins adaptados de romances consagrados da literatura nacional preenchia indiscutível lacuna no que diz respeito infelizmente ao pouco conhecimento que parte da população possui acerca de seus excelsos escritores. Afinal, Bernardo Guimarães chegaria a milhões de telespectadores se Gilberto Braga não o tivesse “transformado” em teledramaturgia como o fez em “Escrava Isaura”? E Jorge Amado, um homem das letras brasileiríssimo, que fora vertido com primor para as telas em obras como “Gabriela”, “Tieta”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tereza Batista”? Rubem Fonseca em “Agosto”? Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn ao criarem “Fera Ferida” inspiraram-se em personagens e tramas de Lima Barreto. Todas essas produções tiveram êxito. O que há então? Deseja-se algo mais palatável? Talvez. Porém, ainda se veem bons e bem escritos programas teledramatúrgicos. Ganhamos nós.

  • ” Marisa Orth caracteriza-se para ‘S.O.S Emergência’ “

    março 30th, 2012

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    Foto: Divulgação/TV Globo

    É mesmo Marisa? Claro, Paulo, é Marisa. Esqueceu-se de que é atriz? São os “ossos do ofício”. Ou ofícios da arte, como bem quiserem. Confesso que estranho é, pois é uma de nossas rainhas, não da “sucata”, mas da exuberância. Ao isto fazer, junta-se a John Travolta, Eddie Murphy e Gwyneth Paltrow. Não é “vexame” algum, afinal, ser gorda não é vexame. A atriz cantora há tempos em palco da “terra da garoa”, ou “terra da não mais garoa”, estando em casa, quer dizer, no palco, fora achada por um certo Silvio de Abreu. Silvio que abriu suas portas. Não “as portas da percepção” de Aldous Huxley, mas as portas do sucesso. Divertida foi como a moça do museu apaixonada por personagem de Fagundes. Fez-nos rir, sem nos cobrar nada. Generosa. Tive prazer de vê-la em peça de Albee, “Três Mulheres Altas”. Por coincidência, eram todas “altas” em talento: Orth, Segall e Timberg. Atuara em “Fica Comigo Esta Noite”. Retrucamos: não deixe de ficar com a gente. Quando há trabalho seu, há a emergência de sua interpretação admirar.

  • “Odete Roitman”

    março 30th, 2012

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    Foto/Divulgação TV Globo

    Sim, Odete Roitman é uma das melhores personagens já construídas até hoje na teledramaturgia nacional. Falava o que pensava, doesse a quem doesse. Talvez por suas opiniões tão cruentas e magnífica interpretação de Beatriz Segall jamais nos esquecemos desta mulher muito especial da ficção. Houve cenas dela impactantes, como a primeira, na qual se via somente seus lábios tecendo proposições capazes de ferir a autoestima de qualquer cidadão brasileiro. Isto deveria ser mudado? Não, pois reacendia discussões sobre o país que habitamos. Houve momento em particular, que poderia até ser clichê, mas que sempre nos marca, e nos causa tensão: Fernanda (Flávia Monteiro), namorada de Thiago (Fábio Villaverde) é convidada para jantar na casa de Roitman. A moça simples não consegue se portar à mesa “comme il fault”. O incômodo em nós é inevitável. A matriarca se apraz. Triste? Sim. Porém, quantos já por isso não devem ter passado? Com “Vale Tudo”, o Brasil mostrou a sua cara, e soubemos “quem paga pra gente ficar assim”.

  • “Cesar Cielo”

    março 30th, 2012

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    Foto/Divulgação

    Quase alvorecer, estava eu na cama tentando cair em sono. Disse tentando. Caí? De modo algum. Veio-me “insight”. Por que não assistir à entrevista de Cesar Cielo a Marília Gabriela que tanto tenho postergado em fazê-lo? Cumpri o citado “insight” acima mencionado. Arrependimento não existiu. Sou avesso a ter ídolos. Mas admiro muitos. E Cesar está dentre aqueles por quem sinto admiração. Por que ele é campeão? Sim, tampouco face a isso, mas devido a tudo o que o levou a sê-lo. O “e” de seu Cielo não é aberto, o que poderia nos permitir comparar Cielo com o amarelo dos ouros que ganhara. Com o que combinaríamos o “e” fechado com a condição de atleta que possui? Fácil. Cielo combina com esmero. Esmero de suas braçadas que “dançam” nas águas. Desvelo também. Desvelo com o qual se dedica desde menino a levar vida de “peixe”. Um “peixe de olhos azuis”. Marília lhe faz perguntas ajuizadas como é próprio da profissional que é. O esportista, com seu jeito garoto, garoto alto com 23 anos, responde ao que é inquirido, enfrentando a propalada timidez que o acompanha. E cujo isolamento nas piscinas contribui. Porém, importa-nos nada que este brasileiro com “B” maiúsculo seja tímido. Isto é pequeno diante da suprema extroversão que impinge ao esporte que pratica. Está sempre pronto a dar um sorriso. Este gesto vale, perdão Cielo, do que o mais alto lugar do pódio. O filho de mãe formada em Educação Física e pai pediatra diz que seu sonho é atingir os objetivos que ainda lhe faltam. Como é jovem demais, compreendemos, a despeito de já o considerarmos um grande. Entretanto, sonhos existem para serem respeitados. E respeitaremos os de Cesar Cielo, o “peixe de olhos azuis”.

  • “A transição de modelos para a televisão, como a de Rodrigo Hilbert.”

    março 30th, 2012

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     Foto: Divulgação/GNT

    Ao fitar as fotos de Cauã Reymond e Mayana Moura não logro escapar de uma questão objeto de celeuma que teve seu início num dia, está no meio, e que provavelmente não obterá o fim: a transição de modelos para a televisão. É vezeiro e não devemos ignorar. No caso de Mayana Moura e Cauã, ambos se destacaram de forma proveitosa em “Passione”, e folhetins posteriores, como é o caso também de Rodrigo Hilbert. E foi o “début” de Mayana em novelas! Há os que caem nas graças do público, e aqueles que esta condição não atingem. Alguns no veículo ficam, e outros têm passagens fugazes. O preconceito tanto por parte dos telespectadores quanto de profissionais de TV pode ser contrariado com a evolução clara dos que se firmaram como intérpretes, independente das formações primeiras, como por exemplo Alinne Moraes e Ana Paula Arósio (que resolveu se afastar do ramo). Citemos certos ex-representantes da “catwalk” que migraram para a telinha (há os que desfilam de modo esporádico): Rodrigo Hilbert (que conquista enorme e unânime sucesso de público e crítica com o programa que se destaca pelas despretensão e espontaneidade – raro de se ver – “Tempero de Família”, no qual coloca em prática e com inconteste habilidade receitas de suas avó e mãe, que está sendo exibido pela GNT), Reynaldo Gianecchini, Betty Lago, Mila Moreira, Ricardo Tozzi, Victor Pecoraro, Vitor Fasano…. Para mim se houver talento não importam suas origens.

  • “Alguns dos Grandes Vilões das Telenovelas”

    março 30th, 2012

    flora
    Foto/Divulgação TV Globo

    Vilão. São apenas cinco letras que fazem toda a diferença em uma novela. E como fazem. Muitos já abrilhantaram, por agora alguns abrilhantam, e virão outros. Os atores ficam na expectativa de ganhar um papel com esses contornos, pois se bem feito for, cairá nas graças do público. Werner Schünemann em “Passione” foi um belo exemplo em folhetim que ainda está no ar. Vamos então relembrarmos de personagens cujo cerne era a vilania, e que nos marcaram? Que tal irmos direto para 1976/1977? Quem era o grande malvado destes anos? Rubens de Falco. Sim, o próprio, que ficara famoso mundialmente com as suas iniquidades contra Isaura (Lucélia Santos), de “Escrava Isaura”. Nome? Leôncio. Em 1977/1978 coube a Edwin Luisi interpretar aquele que tirou a vida de Salomão Ayala (Dionísio Azevedo), em “O Astro”. 1978/1979. Uma mulher. Ótima atriz. Como se chama? Joana Fomm. Ela era Yolanda Pratini em “Dancin’ Days”. Como Júlia Matos (Sônia Braga) sofreu em suas mãos.. E tem mais: Flora (Patrícia Pillar), Perpétua (novamente Joana Fomm), Maria de Fátima (Glória Pires), Laurinha Figueroa (Glória Menezes) e… Odete Roitman (Beatriz Segall)!!!

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